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sábado, 25 de abril de 2009

Preciso de flores, para organizar essa sala, calar um pouco a minha ausência.
Estou deixando esta casa, esta minha alma, esta história.
Vou assim buscar novos ares, outros ombros e perfumes.
Eu sempre acompanhada da solidão, tão invisível, aparentemente quase inexistente.
Esta minha mão fria, esta agora ao meu rosto, nesses últimos dias, sempre ao meu rosto.
Sempre junto de minhas lagrimas.

Devo seguir o destino desta minha dor amigável, me ajeitar num lugar qualquer, onde tenha flores, apenas para organizar essa vida nova, esse novo choro.
Engolir mais um pouco de dor, talvez alimentar essa saudade dos meus pais, dos amigos, dos amantes.
Eu preciso me reconciliar comigo, me descobrir.
E assim por fim... deixar tudo, toda essa paz.


Kamila

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Nossos últimos dias.


Vamos lá, você me da sua mão.
Vamos brincar de nos abraçar, vamos brincar de nos amar.
E por fim prometer de você nunca mais me deixar
Assim, como me deixou nesses últimos dias.

Venha, venha até a mim.
Deixa eu te olhar, sonhar.
Deixa-me brincar de te encontrar.
Procurar-te, assim como procurei por você, nesses últimos dias.

Junte-se a mim, quero sentir seu olhar a me queimar.
Venha ao meu ouvido, venha me dizer.
Diga que me ama, assim como você dizia, naqueles seus últimos dias.


Não me deixe perdida
Coloque sua mão na minha.
Deixe seu retrato aqui comigo
Assim como seu perfume no meu travesseiro
Seu cheiro, nesses meus últimos dias.


Kamila

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Cabaninha.

Nesse quintal, ali esta aquela cabaninha.
Você nela guarda suas cores, suas rosas.
Pediu pra eu fazer uma escadinha, para que os passarinhos...
Ali fora pudessem pousar.

Com estas duas cadeiras e esse cobertor
Aqui nos escondemos, com vaidade de criança.
Você me pede para contar a história das nuvens.
Eu te peço para tocar violão para eu dormir

Você passa a mão no meu cabelo
Você sussurra com carinho
Que quer estar sempre aqui comigo.
Os passarinhos assim, pousam.
Na escadinha, lá do lado de fora.

E nesse momento tudo passa devagar
Estou me perdendo nos seus olhos
Eu estou vivendo da sua respiração
Que aqui se encontra perto do meu coração

Deitadas nesse chão meio frio
Eu encontro todo o calor do amor
Num só abraço, num só cafuné!

Nessa nossa cabaninha
O céu é nossa imaginação
Aqui vemos estrelas, nuvens em forma de dragão.
Nesse nosso teto de cobertor
Eu vejo meu reflexo, eu vejo minha felicidade, a sua fatuidade.


Kamila

terça-feira, 21 de abril de 2009

Amor - aos olhos do mundo.

Aos olhos do mundo, eu vejo a falta de compaixão que cada ser humano traz em si.
Poucas pessoas vivem por alguém, poucas se preocupam com a miséria do país, poucas pessoas pensam nos pequenos problemas das outras pessoas, ninguém hoje em dia oferece vida á alguém.
E ainda ouço pessoas dizerem que querem amar e serem amadas.

Mas como meu Deus? Como podem desejar o amor, se nem elas sabem o que isso significa!

Poderíamos cobrar tal amor, se todos nós percebêssemos onde se encontra amor, onde se esconde a beleza da natureza,e se ao menos todos nós tivessemos nossas almas límpidas.
Assim, o mundo seria um paraíso, e aquela frase que tanto ouço “O inferno é onde vivemos” deixaria de existir.

Afinal, toda graça do mundo, todo amor, toda realidade, toda sinceridade... Encontra-se nesse céu azul, nesse cheiro de mato, no sorriso de uma criança, e é isso que devemos enxergar, devemos seguir, e devemos amar. Só amando esse mundo, seremos amados.

E só para constar, o “inferno” não é onde vivemos, o inferno somos nós, o inferno são os outros.



Kamila

domingo, 12 de abril de 2009

Passarinho.

Dei-te todos os sonhos, o verde, o azul... As estrelas.
Dei-te todo meu pranto, os risos, verdades, carinhos.
Preparei-te o teu ninho, dentro do meu coração.

Dei-te asas passarinho.
Foi para o céu que sempre foi seu, que você se foi.

Dei-te asas passarinho.





Foi assim que você fugiu de mim.



Kamila

sábado, 11 de abril de 2009

Meu amor esta dormindo.

Abençoou meu amor que agora esta dormindo
Dormindo ao lado do abajur, que assim pertence aos anjos.
Flutuante nas nuvens, me encarando entre as estrelas.
Por toda minha vida, por toda sua morte.


Kamila

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Love song

A casa no lago, o dia de neve, um pouco de café, cigarros, e um bom livro.

Abro meus olhos, e me vejo na cama, olho para os lados, vejo tudo o que preciso e tudo o que sempre quis.
Viro a cabeça para ver as horas. São exatamente 09h43min.
Tiro a minha cachorra da cama, levanto logo em seguida, vou direto por aquela música que sempre ouço, num dia triste de domingo “Keane- your eyes open.”.
Jogo-me na cama novamente, leio cartões postais de minha família, fotos de alguns amigos, e no fundo dos meus recibos... Vejo uma carta sua.
Congelei-me por alguns segundos, encaro a carta, com o pensamento de pesadelo.
Abro-a devagar como se fosse à coisa mais perigosa que já encontrei em minhas mãos.
“Assim seja”, pensei comigo.

“E que anos foram esses? anos de você tão longe. Eu que achava que um dia poderia esquecer seu sorriso beijando meus olhos, tão perto.
Pode parecer estranho escrever para você em um dia comum, e planejar que leia esta carta num dia de domingo.
Mas tudo isso esta acontecendo justo hoje, porque faz uma semana que sonhei com você, era um domingo comum, até que peguei no sono.
Vi-me em um lugar tão verde que me doía os olhos, tantas árvores, era de se perder em tamanha dimensão. Eu comecei a ficar com medo, que diabos estava fazendo ali? Eu que nunca fui tão ligado à natureza, quanto você.
Logo na frente do lago estava você, você me olhou com os olhos tristes, como você dizia “com aquele olhar que não vê”.
Corri ao seu encontro, abracei você tão forte, pude sentir seus ossos junto aos meus.
Eu chorei como um bebê, eu te dizia para ficar, pois as coisas estavam difíceis sem você.
E que aquela distância de anos foi à aprendizagem que eu precisava para realmente crer que te amo.
Por fim você largou meus braços, me olhou firme com os olhos num brilho, que só Deus sabe descrever, beijou meus lábios com o mais doce ar angelical, foi o melhor contato que tive na minha vida.
Você derramou uma lagrima e disse a única frase “nunca deixou de ser amor” assim você se foi com o rio, você afundou como se fosse uma pedrinha, pequena.
Só restou eu me lamentar.

Por fim, acordei com seu gosto na minha boca, e caminho com ele até agora, eu espero sonhar com você hoje, afinal é domingo, e os domingos aqui sempre tem a sua cara!


Já não resta te pedir todo o perdão do mundo, já não resta eu querer ser Fernando Pessoa para você, nunca adiantara. Mas o amor que eu estou revivendo todas as noites, ira crescer eternamente, com você ou sem você!”


E no fim das contas rasgo a carta em pedacinhos, acendo meu cigarro, e vou brincar com a minha cachorra.


É acostumando com a solidão, que nos tornamos mais corajosos e sábios.
Corajosos para esquecer um grande amor, sábios para conseguir viver sem mais algum.

A casa no lago, o dia de neve, um pouco de café, cigarros, um bom livro, e aquele olhar que não vê!



Kamila

Outono novo.

Como o outono chega às folhas, chegou até a mim.
Mas por esses tempos eu tenho vivido, dias que valem por toda minha vida.
Descontando toda a raiva do mundo em lágrimas, me libertando e crescendo.
Ouvindo a lembrança bater a minha porta, acordando desencantada dela e sorrindo para o céu.
O sol nascendo mais uma vez, e dentro de mim, radiando meus amores, e queimando meus temores.

Depois de muito tempo eu me vejo como estrela, brilhando acompanhada de muitas, num grande mar de rosa.



Kamila











for a moment your eyes open and you know.

Tentei me prender aos meus maiores hábitos, hábitos tão vitais, talvez chegue até ser um pecado.
Pois me prender ao pecado de amar é meio hábito, é o modo mais lindo, de mostrar que te amo.
Ser louca é realmente lindo, quando se é louca por amor.
Já não sabem se o que me enlouquece é meu modo de viver, de sonhar ou o de te amar.
afinal, eu sei.
Perde-se a cabeça quando tiram de você o motivo do respirar, tiram sua vida, e assim você fica com aquilo que chamo de vazio existencial.
Crises nervosas tomaram conta de mim, me prendi ao pecado de ir me matando, pelo hábito de ser viciado em seu sorriso, que até então, tiraram de mim.


For a lonely soul, you're having such a nice time

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Mas, ah, sinto que Deus não concede a chuva ou o brilho do sol aos nossos pedidos impulsivos, e aqueles tempos, cuja recordação me atormenta, só eram assim tão felizes porque eu esperava o espírito com paciência e acolhia com o coração grato as delícias que derramava sobre mim!

(Goethe)