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sábado, 21 de fevereiro de 2009

A ida de Bel.

Rio de Janeiro - 1995 moravam Luiz Alfredo e Bel Murphy um casal estranho como difamara a vizinhança.
Bel era a chamada louca entre região, por não ser tão hipócrita em vista das outras pessoas, e ser uma escritora iniciante.
Luiz Alfredo era um executivo popular, muito ocupado, dedicava sua vida ao trabalho. E sofria grande pressão entre a sociedade.
Por ser tão importante, já não tivera tanto tempo com a sua mulher.
Entre uma manhã de setembro - primavera, Alfredo desejara sair de sua casa, tomar ar fresco e presenciar o amor de sua mulher, com a natureza que a brindava.
murmurou Alfredo com toda a atenção:
- Bel, esta tão pensativa, em que pensaste nessas horas da manhã?
Alfredo com medo de sua resposta á fitou com um olhar de piedade.
Bel desapontada, murmurou:
- estava pensando em uma coisa que me chama a atenção a cada dia destes últimos anos que temos compartilhados juntos. A uma coisa estranha em sua alma Alfredo, você não vê? Esta cada vez mais só, como se o mundo fosse um preto no branco, como se as perturbações das ruas, viesse com você para a sua vida familiar, você sim já deve estar ficando louco, pura ingratidão me tratar assim, como se tudo estivesse no seu devido lugar. Era tão folgazão, é agora já esta pálido e murcho.
Alfredo entristeceu ao ouvir cada palavra dita pela mulher, que realmente amava, mas estava disposto a acreditar que ela tivera toda a razão, já não se lembrava que tinha uma esposa, a qual deveria se dedicar e ter hora para apreciar.
Ele com o poder e gratidão da palavra dirigiu-se e pronunciou-se:
- Querida, meu amor... Acha que esta vida que levo é digna para mim?
Sofro com você, ao entardecer, ao pensar que estas só, existe nada tão terrível e amargurante do que te ver assim, pois sei com que sempre estará sentindo minha falta.
Bel lacrimejando fechou-se séria, como se estivesse tomando uma decisão drástica.
- acho que devo ir-me embora para casa de minha família, por mais que o ame, está difícil agüentar tamanha solidão, sim Alfredo, sou uma mulher fraca, que não suporta tantas mudanças ruins nada vida, estamos naquilo que chamasse de crise, é isso que vivemos esses últimos tempos, como disse sou fraca e preciso me encontrar comigo mesma, isso será bom para nós dois, você é meio ocupado e eu um bocado carente, ficarei melhor ao lado de minha família.
- Como você disse, estamos juntados há anos - murmurou Alfredo com um ar confuso.
- isso não é só um “conviver juntos’’. Somos praticamente casados, sem a benção de Deus, mas de que isso adiantaria? Olhe só o que esta fazendo comigo, não seja egoísta pelo amor de Deus. Bel eu já não tenho palavras para dizer o que deveria, só não conseguirei viver sem você.
Não é você que diz que ando pálido e murcho? Pois bem, sem você, iram me encontrar só as cinzas.
- Alfredo, não venha com desculpas, o tempo já é algo imperdoável. Eu já havia pensado nessa possibilidade de me afastar de você, tomei decição há certeza esta semana, só estava esperando encorajar-me a ponto de dizer-te tudo - Murmurou Bel, sem nem um pingo de piedade na palavra.
- Hoje mesmo irei preparar minha viajem. E por favor, Alfredo, eu o amo com toda sinceridade do mundo, mas terá que desapegar um pouco de mim, pois farei o possível para estar bem onde estiver, espero do fundo de meu coração que faça o mesmo, eu o imploro.
- Se queres assim, assim será. Disse Alfredo.
Pálido de nervoso, consigo mesmo tentava entender-se.
Passara um dia que Bel havia deixado a casa, a casa toda por conta de Alfredo.
Ele ainda estava em processo de encontrar-se diante da situação, pois para ele não seria fácil, isso acontecera de uma hora para outra, como se tudo fosse uma grande fantasia, uma fantasia realmente medonha.
Passaram-se semanas, um mês. E dois meses.
Alfredo já não era aquele homem intelectual como antes, de boa aparência, bem sucedido.
Com a sua ausência ao trabalho, seus lucros diminuíram em uma boa porcentagem.
Decadência o possuía em todos os aspectos.
Já estava bebendo e andava perturbado, com a falta da querida amada.
Em certa manhã Alfredo resolve ler o jornal, coisa que já não estava ao seu habito.
Uma expressão de espanto tomara seu rosto e Alfredo murmurava:
- Maldito seja, isso não pode estar acontecendo.
Em uma coluna de jornal, bem visível está à surpresa aos seus olhos.
Bel iria se casar, sim estava noiva de um milionário, britânico e bem conhecido.
A possibilidade maior é que Bel esteja indo embora, com o maldito.
E a esta reviravolta Alfredo cai em prantos, pois às coisas iam mal, mas antes alguma esperança o preenchia, preenchia aquele agonizante vazio.
Alfredo...Pobre dele, encontrava-se descontrolado.
Naquele final de tarde decidiu comprar uns calmantes para conseguir se reconciliar com a madruga.
Decidiu ouvir um dos seus discos de blues, o seu favorito.
Preparou-se para dormir, um sono longo, é o que ele esperava, se possível acordar depois de dez anos.
Pois lá estava Alfredo com seus comprimidos á mão, pensativo... Não demorou muito até engolir vários num gole só, acompanhando com água.
Deitou-se numa posição confortável, como poderia ficar anos.
Seus últimos pensamentos foram os pedidos que Bel o deixara.
“E, por favor, Alfredo, eu o amo com toda a sinceridade do mundo, mas terá que desapegar um pouco de mim, pois farei o possível para estar bem onde estiver, espero do fundo de meu coração que faça o mesmo, eu o imploro”.
E nos olhos de Bel a sinceridade comandava, e quem diria que por trás daquele olhar doce, estaria o riso, riso pelo meu sofrimento, por me fazer de tolo.
E este pensamento o perseguiu por horas.
Até uma sensação estranha o comandar , Alfred já não podia respirar, e o ultimo filme que viu, foi o filme de sua vida que estava passando com imagens rápidas a sua cabeça. um triste fim, um fim sem explicação.


Kamila F.

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